João Maria de Araújo Correia
Controle:: 350
Foto::
Legenda::
Nome:: João Maria de Araújo Correia
Outros Nomes::
Nome do Pai::
Nome da Mãe::
Data de Nascimento: 01.01.1899
Cidade de Nascimento:: Canelas do Douro
Estado de Nascimento::
País de Nascimento:: Portugal
Data do Óbito:: 31.12.1985
Cidade do Óbito:: Peso da Régua
Estado do Óbito::
País do Óbito:: Portugal
Última Formação Acadêmica / Especialização::
Última Instituição Acadêmica da Formação::
Data de Conclusão:: 1927
Biografia:: Licenciado pela Universidade do Porto. Escritor e contista, tendo exercido como médico nas aldeias do Douro. Notabilizou-se como contista, sendo justamente considerado o maior contista português. Sofreu influências de Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco e Trindade Coelho. Exerceu, ao contrário de outros escritores, longa e dedicadamente a sua profissão, a qual deu um belo testemunho na conferência Depoimento de João Semana sobre a Vida Clínica da Aldeia, 1944. Foi o médico que estimulou muitas vezes o escritor, com casos e figuras depois tratados nos seus contos. João de Araújo é, sobretudo, contista, da família espiritual de Trindade Coelho, reconhecidamente um dos seus autores, pela apurada sensibilidade que fere uma nota cordial nas situações mais ásperas da vida. Como a Júlio Dinis, podia aplicar-se a João de Araújo Correia a expressão de leve, porque não faz gala em ser duro e em turvar a limpidez da sua prosa. Camilianista no melhor sentido da palavra na fidelidade ao casticismo da linguagem , não imitou a truculência do mestre, a quem dedicou a gostosa miscelânea Uma sombra picada das bexigas (1973). A polémica de João Araújo Correia não se exerceu ad hominem, por imperativo da fatalidade do temperamento, mas na crítica, não raro risonha (como a de Ramalho, outro dos seus autores), aos males que afligem o idioma, a paisagem, a arquitectura, a culinária, as relações humanas. Nos seus artigos e crónicas, muitas vezes de geografia literária, reconhece-se ainda, na valorização do património cultural do país real, a lição de Garrett. Absorvido pela profissão exercida sempre no país vinhateiro a região duriense -, afastado dos meios literários, a obra de João Araújo Correia deve-se a uma vocação invencível e a uma força de vontade inquebrantável. Saudado por alguns dos seus pares por exemplo, Aquilino como um mestre, distinguido por um ou outro prémio, uma ou outra homenagem, João Araújo Correia espera, porém, que seja proclamado um dos nossos maiores contistas e um dos nossos mais puros prosadores, na grande tradição literária de Oitocentos. Dicionário de literatura portuguesa. Lisboa: Editorial Presença, 1996. p.142.
Produções Culturais:: Linguagem médica popular, usada no Alto Douro. Sem método (notas sertanejas). Contos bárbaros. Histórias civilizadas. Camilo à Beira do Lima. Caminho de consortes. Cartas da montanha. Casa paterna. Cinza do lar. Contos durienses. Ecos de pais. Enfermaria do idioma. Folhas de xisto. Horas mortas. Lira familiar. Manta de farrapos. Montes pintados. Nuvens singulares. Outro mundo. Palavras fora da boca. Passos perdidos. Perfil transmontano de Trindade Coelho. Pó levantado. Pontos finais. Por amor da nossa ala. Rio Morto. Uma sombra picada das bexigas. Tempo devolvido. Terra ingrata. Três meses de inferno. A língua portuguesa. Ricardo Jorge, o portuense. Pátria pequena (crónicas).
Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo)::
Observações::
Fontes de Pesquisa::
Sumário: João Maria de Araújo Correia